![logo-genio-editorial.png](https://static.wixstatic.com/media/c4c76b_af3e999d95ad4a168de098300a9ebb45~mv2.png/v1/fill/w_191,h_53,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/logo-genio-editorial.png)
![denise-tavares.jpg](https://static.wixstatic.com/media/c4c76b_360ca181d5484c37a50ff1ce3efe7803~mv2.jpg/v1/fill/w_300,h_304,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/denise-tavares.jpg)
Denise Tavares
Jornalista e professora da Universidade Federal Fluminense é Mestre em Multimeios (Unicamp) e Doutora em Integração Latino-Americana (USP). Na vida acadêmica pesquisa o audiovisual, sendo autora de diversos artigos e capítulos de livro sobre o tema. Integrou a coletânea de Feminino-Plural - Mulheres no Cinema Brasileiro, organizada por Karla Holanda e Nina Tedesco, finalista do 60º Prêmio Jabuti, como melhor livro de Comunicação. Ganhou alguns prêmios com sua produção poética, entre eles o Prêmio Literário Nacional Cidade Poesia, em 2010, com o poema Do Medo (1º Lugar) e o Mulheres Entre Linhas IV Concurso de Poesia e Conto, em 1988, com o poema Entre Espaços (1º Lugar).
Pela GÊNIO EDITORIAL, vai publicar o livro Encontros quase poesia.
![aspas.png](https://static.wixstatic.com/media/c4c76b_30b34010c27f441580498196a2f103d0~mv2.png/v1/fill/w_109,h_76,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/aspas.png)
Do Medo
Quando minha filha encontrou sua floresta
e perdeu-se nas trilhas vivas do seu desejo
algo morreu em mim
e eu não sabia.
Quando meu filho anunciou que ia embora
seguindo a nuvem e a estrela que desenharam seu caminho
meus olhos ficaram baços
mas eu não percebi.
Quando olhei, naquela noite, meu rosto
perdido entre cicatrizes transparentes e
feridas que ainda pulsam, doloridas, sob minha pele
descobri que estar viva é amealhar partidas
é empilhar memórias
é desenhar com sombras negras e ruínas tortas
os vestígios que tecem e encobrem cada dia.
(...)